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Percepção da situação econômica do Brasil sob a Presidência de Lula: O que dizem os números – parte 3

agosto 2023

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Um recente levantamento realizado pelo Instituto Opinião entre os dias 16 e 19 de agosto com 2.000 pessoas com idade acima de 16 anos fornece insights valiosos sobre as percepções da população brasileira em relação à situação econômica do país. A pesquisa segmentou os resultados de acordo com diferentes variáveis, como sexo, idade, grau de instrução, renda, religião e região, oferecendo uma visão detalhada das opiniões da população.

De acordo com os dados coletados, 50,2% dos participantes acreditam que a situação econômica do país vai melhorar. Em contrapartida, 22,5% acreditam que vai piorar, enquanto 19,9% pensam que vai permanecer igual. Esta análise inicial revela uma inclinação otimista, com uma maioria considerável expressando confiança em uma melhoria econômica no futuro próximo.

Ao observar os dados segmentados por sexo, surge uma diferença interessante. Entre os participantes masculinos, 47,02% acreditam em uma melhoria econômica, enquanto 52,92% das mulheres compartilham a mesma visão otimista. Isso sugere uma tendência mais positiva entre as mulheres em relação ao futuro econômico do país.

A análise por faixa etária revela padrões distintos. Os jovens entre 16 e 24 anos são os mais otimistas, com 56,27% acreditando em melhorias econômicas. Em contraste, os participantes com 60 anos ou mais demonstram uma visão mais cautelosa, com apenas 44,88% prevendo melhorias. As gerações intermediárias mostram uma tendência mista, com a faixa dos 45 aos 59 anos sendo a mais otimista dentro deste grupo.

Grau de instrução

Quando analisamos os dados com base no grau de instrução, percebemos que aqueles com até o ensino fundamental (9º ano) são os mais otimistas (51,55%). No entanto, à medida que o nível de instrução aumenta, a confiança na melhoria econômica diminui, com apenas 45,71% dos participantes com ensino superior ou mais acreditando em uma recuperação econômica robusta.

A segmentação por faixa de renda revela uma correlação interessante. Os participantes com renda mais baixa (até 1 salário mínimo) e aqueles com renda entre 1 e 2 salários mínimos expressam uma forte confiança na melhoria econômica (50,09% e 52,11%, respectivamente). No entanto, conforme a renda aumenta, a confiança diminui, com apenas 48,09% dos participantes com mais de 5 salários mínimos prevendo melhorias econômicas significativas.

A análise por religião indica que os católicos são os mais otimistas (57,68%), enquanto os evangélicos são os menos confiantes (36,25%) em uma melhoria econômica. Quanto à segmentação regional, o Nordeste se destaca como a região mais otimista, com 61,69% dos participantes esperando melhorias econômicas, enquanto o Sul mostra a menor confiança, com apenas 40,07% prevendo melhorias significativas.

Em resumo, a pesquisa do Instituto Opinião oferece uma visão detalhada das expectativas econômicas no Brasil. Embora haja uma tendência otimista geral, as diferenças significativas entre grupos demográficos destacam a necessidade de políticas econômicas que abordem as preocupações específicas de cada segmento da sociedade. Este relatório fornece uma base sólida para compreender as perspectivas da população brasileira, informando decisões futuras relacionadas à economia do país.